É difícil algo me
encher os olhos na idade contemporânea. É como se tudo tivesse perdido as
cores. Como se os sorrisos fossem sem graça. Como se todos os dias fossem
iguais. As músicas já não têm o som que chama os meus ouvidos. As pessoas de
diferentes lugares no início são novidade, mas depois de pouco tempo se tornam
iguais. O coração bate com seu impacto, mas sem emoção. Já posso prever as
coisas não porque sou profeta, mas porque tudo se repete. O mundo está despido
de solidariedade. Está possuído pela avareza. O amor tampado pela luxúria. O
grito está ficando baixo. Mas uma cena me põe brilho nos olhos. Mais que
imediato sinto imensa alegria. O que aconteceu? Simples, duas crianças
brincando.
Como já dizia o Eclesiástico: "Não há nada novo debaixo do sol"
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